Quando você procura melhorar seu controle de gastos, organização do orçamento ou aprender a investir, uma série de alternativas podem surgir em suas pesquisas.
Nessa busca, você pode já ter se visto diante do dilema se seria mais indicado para seu caso um curso de finanças ou um processo de coaching financeiro. A seguir, vou dar alguns elementos para lhe ajudar nessa tomada de decisão.
No mercado, há opções desde cursos de extensão, workshops, seminários, aulas gratuitas, até cursos de graduação e pós-graduação. O céu é o limite.
Dependendo do conteúdo abordado, você pode partir de ensinamentos teóricos sobre economia e finanças, até os mais práticos, que envolvem seu orçamento doméstico.
Existe a possibilidade de um curso de finanças pessoais lhe esclarecer diversas dúvidas que você carregava há anos ou dar insights sobre aspectos financeiros dos quais nem sabia que existiam.
Geralmente mais padronizados, os conteúdos tentam abordar um escopo grande, sem necessariamente se aprofundar em algum caso específico sobre o qual você tenha dificuldade. A não ser que você opte por um curso especializado – que vai se aprofundar em algum ponto (por exemplo, “aprenda a investir em ações”), enquanto deixa outros aspectos de lado.
Os preços dos cursos de finanças podem variar tanto quanto as instituições, empresas e indivíduos que o ministram. Há, inclusive, muito conteúdo na internet que são aulas de altíssima qualidade oferecidos gratuitamente.
Mas, como há, igualmente, muita gente com interesses escusos transmitindo informação duvidosa, é melhor procurar uma pessoa ou instituição mais confiável. Ou, no mínimo, ouvir tudo com senso crítico. Combinado?
Vai ficar por sua conta adaptar os conhecimentos adquiridos para o seu caso particular e aplicá-los no seu dia a dia.
Coaching é uma metodologia na qual o coach lhe ajuda a entrar em ação direcionada para atingir determinado objetivo. Em alguns casos, a vida financeira está tão bagunçada que o simples fato de organizá-la já significa ter o objetivo alcançado.
De qualquer forma, é preciso traçar alguma meta mensurável (quitar dívidas, começar a investir, desenhar um planejamento de médio ou longo prazo etc) – para ser possível, ao final do processo, verificar se foi alcançado ou não.
Uma coisa que você precisa ter bastante clara é que o coach não vai ter dar “aulas”. Ele vai te motivar a buscar as informações e conhecimentos necessários. Ele vai propor reflexões.
No campo financeiro, muitos de nossos problemas que você tem podem ter sido causados pela falta de entender prioridades, de visão do cenário amplo, de saber planejar. Por isso, comumente dizemos que um processo de coaching aborda esses cinco pilares: foco, planejamento, ação, resultados e melhoria contínua.
O seu resultado vai depender primordialmente do quanto você estiver comprometida a “colocar a mão na massa”, ou seja, colocar em ação os passos que você for entendendo serem necessários.
E como é você quem está agindo, vai naturalmente adquirindo o conhecimento necessário para seguir evoluindo continuamente, para sempre, após o processo.
Um aspecto bastante importante nisso tudo é o autoconhecimento que você desenvolve – especialmente em relação a como você lida com o dinheiro, quais são seus hábitos e comportamentos que lhe trouxeram até a situação ideal e o que precisa mudar para alcançar resultados diferentes. Ter um pouco mais de clareza do que é importante para você para poder focar naquilo e deixar o que não tem relevância para trás.
Nesse meio tempo, todo o conhecimento necessário em finanças pode ser adquirido em conjunto, na parceira cliente-coach, com muito mais peso ao seu caso específico do que em um curso padronizado. Dependendo da complexidade do caso, do nível de dificuldade para se desenvolver a solução e do nível de comprometimento da cliente, alguns aspectos das finanças pessoais deixam de ser abordados para se priorizar a solução dos problemas mais pontuais e urgentes.
Nesse caso, alcançada a meta traçada para o processo de coaching financeiro, a cliente precisará dar continuidade aos seus estudos sobre finanças.
Coaching é um serviço elitizado e caro, sim! Como se trata de um atendimento exclusivo, individual, o profissional está totalmente dedicado a você – não só naquela hora semanal em que vocês estão conversando “ao vivo”, mas fica disponível durante a semana para dúvidas, planeja os exercícios da sessão, além de estar sempre se aprimorando em seu campo de atuação.
É comum que no início de carreira o coach ofereça processos gratuitamente, para treinar suas habilidades e começar a se inserir no mercado. No entanto, conforme evolui em suas competências, o preço cobrado nos processos se estabelece em patamares mais elevados.
Eu a aconselharia a avaliar se precisa de um acompanhamento mais individual, personalizado, ou se é capaz de absorver aprendizados e adaptar sozinha tal conhecimento à sua vida.
Além disso, precisa pensar se está está disposta a sair da sua “zona de conforto” para entrar em ação, como protagonista da sua mudança, ou se prefere uma postura mais passiva de aluna.
Por fim, precisa avaliar o quão importante é essa mudança em sua vida para medir o qual prioritário é o investimento neste momento, pensando inclusive nos benefícios a longo prazo, não apenas imediatos.